Minha mãe e minha irmã foram comprar coisinhas de estética no bairro Liberdade aqui em Sampa, e aí que eu não perderia essa oportunidade por nada, pedi então, encarecidamente, que elas trouxessem algo bem delicinha de lá, que foi shimeji e shitake! Sim. Eu não quis esmaltes, nem coisas para o cabelo, nem revistas de HQ. Quis comida japonesa! Como não ia rolar trazer salmão, atum e nem as algas (porque eu não sei fazer sashimis/sushis) resolvi fazer aquela delícia que tem em todo restaurante japonês (que se preze, claro!), shimeji e shitake refogadinho no shoyu. Hummm ... adoro!
Nunca tive preconceitos com cogumelos. Aliás, sou apaixonada por eles, que tem um aspecto meio estranho, mas não menos deliciosos! Gosto de vários jeitos e formas. No strogonoff, na salada, no molho de macarrão ... e assim que elas chegaram com os pacotinhos e eu fiquei toda feliz. Trouxeram inclusive broto de feijão ou moyashi (como você preferir) e eu fiquei mais feliz ainda. Minha mãe disse que ia fazer algo com ele, mas com a correria que anda aqui em casa (minha irmã está indo viajar) ela quase não teve tempo pra nada e como hoje é dia de arrumar as malas, e minha irmã AMA shimeji (ela sempre pede nos restaurantes japoneses que vamos e quando é rodízio repete umas três vezes, sem enjoar), porque não finalizar a noite com essa delicia, ne?
Bora pra cozinha ... e pra interwebz. Busquei receitinha no google e nos blogs que frequento sempre, achei uma bacanuda e simples no blog da Julia: .boa de garfo. e como quase sempre, não havia em casa todos os ingredientes, como saquê ou vinho branco (pra substituir, né .Diga Maria!.? rs) e fui adaptando ao meu gosto e ao que tinha disponível. Eu acrescentei mais que uma colher de manteiga, acho que coloquei umas duas e mais um tico, refoguei meia cebola, refoguei até ficar transparente, coloquei os cogumelos (ja lavadinhos e limpos), refoguei mais um tico, coloquei shoyu e o broto de feijão (que coloquei em água fervente durante um minuto pra dar uma amolecida também), tudo refogadinho e pronto!
Ficou uma delicia! E foi super aprovado aqui em casa, inclusive pelo meu pai que nem chegado em cogumelos e comida japonesa ele eh. :) Ouvi a seguinte frase dele: 'Tô feliz por você fazer jornalismo, mas vocô devia mesmo era fazer gastronomia!' Hahahahha. Adorei!
Bom é isso, tô feliz com mais essa tentativa.
Beijo people.
.bem temperado
é temperando bem que a receita chega lá
23.7.10
20.7.10
.feijão andu
Hoje eu provei pela primeira vez na vida (o que é um tanto quanto estranho, já que a família da minha mãe é praticamente toda nordestina) um outro tipo de feijão, chamado andu. Pois é, nunca nem tinha ouvido falar nele, mas provei hoje.
Aqui onde eu trabalho tem uma senhora, chamada Ercília que é uma cozinheira de mão cheia, sério. Não conheço uma pessoa que não ache a comida dela gostosa, típica de mãe e baiana, vulgo temperada (tem como eu não gostar? Oi?), e ela trouxe um pouco lá do pé da casa dela. Ela me contou que adora esse feijão porque remete à ela lembranças boas da vida, como os filhos dela que quando crianças faziam birra pra não comer o tal feijão, pois eles não gostavam muito do gosto, que sim, é totalmente diferente do feijão carioca de todo dia (pelo menos aqui em Sampa o feijão de cada dia, na sua maioria é o carioca, meio doido, mas real), na sua aparência me lembra um pouco lentilha, só que mais gordinho, parece ervilha também e tem um gostinho bem parecido com a ervilha inclusive.
Estou eu almoçando uma saladinha de alface com tomate e pepino e um grelhadinho de frango deliícia quando então, chega a Dona Ercília com o tal do feijão andu, feito tipo uma farofinha, pra eu experimentar, não recusei e mandei ver. Uma delícia. Feito farofinha então, deu um tchans no prato do dia. Ela me disse que dá pra fazer como feijão normal, mas que o caldo fica mais ralinho, então você tem que dar uma encorpada nele. Olha rapaz, sei que o negócio tava bom demais. Sério. Não sou nojenta pra provar as coisas não, foi o que eu disse no primeiro post, eu provo pra dizer que não gosto, senão qual a graça, né? Enfim, sei que provei e adorei, claro que eu não trocaria pelo feijão carioca de cada dia, até porque esse feijão andu, além de um pouco mais difícil de achar, ele é mais caro também.
Tá com água na boca e quer uma receitinha? Pedi pra dona Ercília e aí vai (simples, simples):
Etapa básica de preparação de feijão, esolhe e lava. Próximo passo, se ele for maduro, você cozinha normalmente sem pressão, no caso dele estar seco, passo básico de feijão na panela de pressão. No caso do nosso, ele era maduro, portando, 15 minutos cozinhando está ótimo, ou até ele ficar firme, sem estar mole. Se for o seco, 20 minutos na pressão. Depois escorra a água e reserve. Em uma panela coloque um pouco de óleo e refogue o alho e depois a cebola, junto com o pimentão (cortado em listrinhas e a cor vai da sua escolha, usamos o verde) o tomate (picadinho) e o coentro (bem picadinho também). Depois de tudo bem refogadinho despeje o feijão andu, mexa e apague o fogo. Agora aos poucos, você vai colocando a farinha de mandioca e finito. :) Vai deliciar esse feijão andu esperto, que não é de todo dia, mas que vale MUITO a pena quando uma vez ou outra. rs
Dicas da dona Ercília:
Não use salsinha, fica ruim e tira o gosto do andu.
Dê preferência ao coentro pois tem tudo a ver.
Se quiser, acrescente bacon ou torresmo. Como aqui são tempos de vacas magras, ficamos sem, mas isso não fez com que ficasse menos gostoso.
Provado e comprovado, mais uma feliz, gostosa e simples descoberta de hoje: feijão ANDU.
19.7.10
.alguns porquês
A vontade de um blog relacionado a 'comidinhas' já existe um bom tempo, afinal de contas, comida boa e bem temperada sempre esteve presente na minha vida. Desde os domingos, com a casa cheia de tios, primos e sobrinhos na casa da vó materna pra comer o arrozinho branquinho, soltinho e fresquinho, acompanhado da melhor galinha caipira que ela fazia. Isso tudo sentada (no melhor lugar daquela cozinha) no colo do meu vô, me empanturrando de farinha nordestina. Até a volta da escola, morta de fome, com a comidinha da mamãe posta na mesa, quentinha e com o cheiro mais convidativo possível, eu começava a sentí-lo na esquina de casa. Tinha também os finais de semana no sítio, onde minha avó paterna preparava as gulodices que minha mãe não deixava eu comer sempre. Era muita batata-frita, gelo ralado com groselha, sorvete de flocos e chocolate derretido, em que eu e minha irmã colocávamos em várias forminhas divertidas e nos final comíamos tudo aquilo num dia só. Na casa da vovó e do vovô, sempre pudemos tudo. Uma verdadeira delícia.
Aprendi com meu pai (e com seu ovo mexido, com muito bacon, farinha, presunto, mozzarela, regado com um tico de azeite) que comer bem é um dos melhores privilégios da vida. Comer bem, experimentar de tudo, sem fazer cara de nojo praquilo que nunca viu na vida, afinal você só pode ter uma crítica e opnião decente quando pelo menos se dá ao direito de experimentar e dizer se realmente é bom ou não. Portanto eu não dispenso (nem desperdiço) uma nova empreitada e pra saber se ela é boa ou não eu preciso experimentá-la, né? É o que pretendo por aqui.
Esse blog não tem a intenção de ser mais um blog onde você encontrará resenhas de restaurantes e afins (afinal eu não saio tanto quanto eu gostaria) e também não é um blog de receitas (até porque não sou uma cozinheira de mão cheia, ainda falta MUITO e quando digo muito, é muito mesmo, e tem alguns ótimos e incríveis blogs por aí, zilhões de vezes melhores que esse aqui. Mas enfim, é um blog com relatos de coisas boas que podemos encontrar por aí, sendo num restaurante 5 estrelas, na coxinha do mercado do shopping, a comidinha delícia feita pela minha mãe, o carrinho de hot-dog estacionado na esquina da minha faculdade, ou simplesmente relatos e informações a respeito de comida que vi, li e comi (ou não) por aí.
Simbora comigo nessa?
Então vamos lá, porque é temperando bem que a gente chega lá.
Um beijo.
Aprendi com meu pai (e com seu ovo mexido, com muito bacon, farinha, presunto, mozzarela, regado com um tico de azeite) que comer bem é um dos melhores privilégios da vida. Comer bem, experimentar de tudo, sem fazer cara de nojo praquilo que nunca viu na vida, afinal você só pode ter uma crítica e opnião decente quando pelo menos se dá ao direito de experimentar e dizer se realmente é bom ou não. Portanto eu não dispenso (nem desperdiço) uma nova empreitada e pra saber se ela é boa ou não eu preciso experimentá-la, né? É o que pretendo por aqui.
Esse blog não tem a intenção de ser mais um blog onde você encontrará resenhas de restaurantes e afins (afinal eu não saio tanto quanto eu gostaria) e também não é um blog de receitas (até porque não sou uma cozinheira de mão cheia, ainda falta MUITO e quando digo muito, é muito mesmo, e tem alguns ótimos e incríveis blogs por aí, zilhões de vezes melhores que esse aqui. Mas enfim, é um blog com relatos de coisas boas que podemos encontrar por aí, sendo num restaurante 5 estrelas, na coxinha do mercado do shopping, a comidinha delícia feita pela minha mãe, o carrinho de hot-dog estacionado na esquina da minha faculdade, ou simplesmente relatos e informações a respeito de comida que vi, li e comi (ou não) por aí.
Simbora comigo nessa?
Então vamos lá, porque é temperando bem que a gente chega lá.
Um beijo.
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